De há duas ou três semanas para cá, o treinador Carlos Queiroz, segundo o próprio, deixou de receber a míriade habitual de convites para almoçar, tendo vindo desde então a ficar à míngua em termos de oportunidades de beneficiar de uns repastos gratuitos.
Realmente, em Madrid esteve em voga até há bastante pouco tempo convidar para almoçar treinadores elegantes e bem-falantes, competência que Queiroz aproveitou para aperfeiçoar depois da sua estadia na África do Sul, nos EUA e no Japão, sem que outros requisitos fossem exigidos para o usufruto dos tais manjares.
No entanto, segundo contactos com autoridade sobre a matéria, podemos assegurar que na base deste declínio de convites que Carlos Queiroz vinha merecendo tem estado (desenganem-se aqueles que pensam que a justificação para esta situação se prende com as sucessivas derrotas impostas ao Real Madrid nas últimas semanas) a emergência de uma nova moda na cena gastronómica internacional, inspirada por um emergente Chefe português: João César das Neves.
De facto, este Chefe de cozinha português irrompeu no panorama gastronómico a defender a teoria de que "não há almoços grátis", e desde então tem merecido uma ampla adesão popular levando a que o número de convites para almoçar em todo o lado tenha decrescido vertiginosamente, incluindo em Madrid.