terça-feira, julho 13, 2004

13-07-2008 - Parte II

Quatro anos após o anterior Presidente da República, Jorge Sampaio, tal como Deus, ao menino e ao borracho, entenda-se aliança Santana-Portas, ter colocado a mão por baixo, o Primeiro-Ministro, António Vitorino, anunciou hoje ao actual Presidente da República, Cavaco Silva, que recebeu um convite formulado pelo Partido Socialista Europeu, na sequência da vitória deste último partido nas recentes eleições para o Parlamento Europeu, para ser o homem do leme da Comissão Europeia para os anos vindouros, em substituição do líder vigente, José Barroso, considerado inepto pelo PSE para continuar a desempenhar as funções para as quais foi mandatado há quatro anos pelo PPE como “mínimo denominador comum”.
António Vitorino fez saber junto de Cavaco Silva que é sua intenção aceitar, finalmente, embora a contragosto, o convite por entender, entre outros motivos, ser de relevante interesse nacional que este cargo seja novamente preenchido por um português.
Cavaco Silva compreendeu a vontade de Vitorino e deu anuência para a satisfação desta sua velha pretensão.
Cavaco hesita agora entre na decisão a adoptar. As alternativas consistem na nomeação do vice-presidente do PS, José Sócrates, como novo líder do Governo ou na convocação de eleições antecipadas.
Admitida pelo próprio como a mais grave e difícil decisão a tomar no seu mandato, porque inédita, Cavaco alegou que irá iniciar um conjunto diversificado de auscultações de figuras representativas da sociedade civil portuguesa, ou seja, os dirigentes de associações patronais, os accionistas de topo dos maiores bancos portugueses e o Governador do Banco de Portugal, antes de tomar a decisão final.

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