terça-feira, dezembro 30, 2003

O Pato?! Não conheço nem nunca me foi apresentado!

3º Episódio

A entrada no palacete fazia-se através de uma porta em pinho esculpido, mediante uma autorização concedida pelo guarda-mor do palacete, o qual estava sempre prostrado junto a uma das prateleiras que suportavam os tintos da casa.
O guarda-mor não detinha aquele aspecto disuasor e antipático de que enfermavam muitos dos outros sentinelas da ilha de Berna. Era um indivíduo sorridente e afável, sempre pronto a auxiliar o próximo que se lhe dirigisse, o que conseguia fazer sem nunca deixar de segurar permanentemente o copo de tinto na mão direita...
Ainda hoje por lá ciranda diariamente e dá as boas vindas a todos aqueles que visitam esse palacete! (e continua também com o copito na mão). Um dos verdadeiros ex-libris do Pato.
Além desta figura distinta, o Pato alberga e dá guarida a outras ilustres personagens.
Por exemplo, o especialista em compêndios actualizados das leis de jogo do futebol, principalmente na lei do fora de jogo, na qual historicamente, segundo a sua opinião, se encontram duas dimensões presentes na obra de Marx: a periodização histórica e a existência de uma metáfora central para caracterizar o espaço das relações sociais.
Assim, para este especialista das leis do fora de jogo, segurança da empresa privada Prossegur nos tempos livres, esta regra (o fora de jogo), caracteriza-se por uma periodização histórica alicerçada nas alterações produzidas ao nível da forma das leis do fora de jogo e também pelo grau de importância que a cultura, num dado momento histórico confere às leis do fora de jogo como metáfora do modo de produção capitalista.
Este segurança da Prossegur, no entanto, focaliza a sua análise, não no domínio do económico de Marx, mas na ideia de que para a correcta compreensão das sociedades é fundamental percepcionar a dimensão cultural das leis do fora de jogo.


Segue dentro de momentos ...