sexta-feira, dezembro 19, 2003

O Pato? Não conheço nem nunca me foi apresentado!

1º Episódio

É justo atribuir-se a façanha da descoberta do Pato a dois cidadãos portadores de um espírito aventureiro, ávidos pelo risco e desejosos de alargar a sua vivência para fora dos muros da faculdade, na altura ainda desprovidos de um armamento de baionetas a encimá-los, como sucede desde há algum tempo a esta parte...
Depois de arribarem ao novo mundo, acorreram a enviar a boa nova aos colegas, prometendo-lhes, acaso lhes fizessem companhia nas próximas viagens, honrarias tais que fariam com que os ganhos atribuídos pelo Governo ao Citigroup no processo de titularização de dívidas fiscais à Segurança Social parecessem simples migalhas...
Após longas negociações, que envolveram a determinação do horário que contemplava as viagens a serem feitas ao “novo mundo”, nomeadamente o facto de um dos descobridores ter que estar, imperativamente, todos os dias em Queluz a partir das 3 horas da tarde, ou das 4, ou das 5, ou das 6, ou ... os colegas, convencidos, lá acederam a colocar as suas vidas em risco e partirem à conquista de novos mundos.
Nos primeiros tempos as naus navegavam a grande velocidade, percorrendo muitos nós por dia, graças às suas velas triangulares, as quais eram tecidas com o mais puro algodão do reino, e apresentavam-se tingidas com diversas cores (azul e amarelo, laranja, rosa, vermelho...).
Decorridos 4 meses de viagens sucessivas, muitas delas enfrentando a fúria de Possêidon devido a estes jovens navegadores se terem furtado, nalgumas vezes, a pagarem a portagem por atravessarem os seus oceanos (Possêidon foi o criador do conceito de utilizador-pagador nas auto-estradas marítimas. Nem podia ouvir falar em SCUTS!), um grupo de navegadores avistou uma ilha que povoava o imaginário há muito tempo de muitos habitantes do antigo quartel do exército, a ilha da Utopia!
Aportaram imediatamente a essa ilha, e enviaram sinais de fumo aos outros navegadores para lhes darem a visitar e conhecer as delícias dessa fértil ilha, inclusive de uma certa planta opiácea...
Este chamamento não foi suficiente para “encantar” alguns dos navegadores que tinham preferido outras ilhas para construírem uma nova vida, nomeadamente uma grande ilha que era muito próspera nos anos mais férteis, a grande ilha das laranjas!

Continua assim que possível!...