Por falar em media, a presença in loco na Madeira permitiu-me ficar a saber que os canais televisivos SIC e TVI, felizmente, não estão disponíveis em sinal aberto, mas apenas para os assinantes das ligações por cabo.
Mas ao que parece, azar dos azares, esta situação será em breve corrigida, por pressão das forças políticas, incluindo o PCP, que na voz do seu líder regional, Edgar Silva invocava ainda o imperativo ético do Estado comparticipar a totalidade do preço do descodificador necessário para tal visualização (15 contos na moda antiga). Ou seja, em breve será possível a todos os madeirenses terem nos seus ecrãs a projecção diária de 17 novelas brasileiras e 15 portuguesas, distribuídas pelos dois canais, reality-shows com farturinha e noticiários televisivos dedicados às aparições de extra-terrestres no Alvito e de fantasmas na casa dos Gomes em Vila Franca das Naves (Guarda).
Estavam os madeirense muito bem até hoje, imunes ao nivelamento por cima que os citados canais televisivos trouxeram ao espaço televisivo e vem o Padre Edgar exigir que o Estado faculte gratuitamente o acesso aos mesmos. Só apetece fazer-lhe o mesmo que a figura do Bordalo.
Ao Padre Edgar propunha, em alternativa, que em vez de andar a defender que o dinheiro dos contribuintes que vá ser desbaratado em descodificadores, com insígnias apregoe que o metal valioso seja melhor afortunado na compra dos primeiros três volumes do Capital para todos os cidadãos da Madeira. Seria uma atitude que contemplava certamente maior valor educativo e cultural do que andar a dar-lhes a SIC e a TVI. E os madeirense agradeciam, com certeza!
1 comentário:
Parece-me que a ideia do ex-padre Edgar e outra. Pode parecer paradoxal mas os canais privados sao importantes para a democracia madeirense. Nao, obviamente, pelas telenovelas e reality shows mas pela informacao, sobretudo a informacao sobre a Madeira. E por isso que o Edgar quer a SIC e a TVI.
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