Fahrenheit 9/11 é um filme importante. A base da democracia é a participação dos indivíduos. Estes só podem participar na vida do seu país se estiverem informados. No que respeita às actividades e intenções do governo americano liderado por Bush Jr. ficamos, com este documentário, mais esclarecidos: percebemos o que está por detrás das guerras do Iraque e do Afeganistão, as ligações da família Bush e seus acólitos com as monarquias do Golfo, nomeadamente a Arábia Saudita (7% da riqueza americana é saudita). Dados importantes, e devidamente comprovados, para o exercício do direito de cidadania. Quem acusa Moore de ser parcial esquece-se da parcialidade das grandes multinacionais da comunicação. O filme de Moore é dedicado ao público americano. É por isso que, para chegar ao cidadão comum, opta, algumas vezes, por um discurso simplista e emocional, bastante visível quando trata da questão do Iraque e da presença dos soldados do Tio Sam. É possível afirmar que certos planos eram dispensáveis, mas Moore sabe bem que são úteis. A vida das pessoas é, neste como em muitos outros casos, mais importante do que arte.
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