quarta-feira, março 30, 2005

Demasiado Humano

O Cardeal Patriarca anda preocupado com as interpretações demasiado humanas da vida de Jesus Cristo. Para a igreja, Cristo vale enquanto símbolo do divino cuja verdade exemplar vence por estar acima do Homem, por inspirar reverência e mesmo um certo temor. Ora isto não interessa ao menino Jesus. É precisamente pelo lado humano que o exemplo de Cristo pode ter algum valor, não pelas histórias da carochinha que explicam o real pelo metafísico. Se a Igreja tivesse mais preocupações com o humano da vida, poupava-nos à exibição cruel da via sacra a que o seu líder é sujeito diariamente. Mas para a Igreja, e também para os activistas anti-aborto, a vida não é mais que um acto mecânico de inspiração divina: o período entre a concepção e a morte já não interessa para nada.

Greenpeace vs Vicaima

A acção que ontem a Greenpeace liderou junto da empresa Vicaima, alertando para a necessidade de combater o comércio ilegal resultante do abate destrutivo de espécies arbóreas na Amazónia brasileira, e que esteve na origem da “libertação de energia braçal” por parte do sénior que administra a empresa contra o operador de câmara da SIC, descarga essa que os complacentes agentes da GNR declararam não terem presenciado “em flagrante” - depois do episódio Avelino Ferreira Torres, alguns elementos da GNR, pelos vistos, continuam a gostar de fazer figuras reverentes e tristes para Portugal ver..., insere-se no “modus operandi” habitual deste movimento ambientalista, ao qual o temperamental administrador da Vicaima, não só em sentido estrito, mas também simbólico, deu um valente empurrão para o sucesso da operação.
Esse “modus operandi” dos “guerreiros do arco-íris” da Greenpeace deriva do seu perfil altamente distintivo como movimento ambientalista.
A partir da identificação das principais questões através de informações e técnicas de investigação em todo o planeta, da organização de campanhas específicas em torno de metas palpáveis, o movimento ambientalista internacional leva ao conhecimento do grande público uma determinada questão, através de acções espectaculares com o fito de atrair a atenção dos media, visando forçar empresas, governos ou instituições a tomarem medidas credíveis ou então a terem de enfrentar uma futura publicidade negativa.
Soubesse tal o bravio administrador da Vicaima, - um exemplo de que nem sempre a idade traz sapiência nem juízo - e a acção contestatária poderia ter-se desenrolado com bastante mais urbanidade.

segunda-feira, março 28, 2005

O PS e as Presidenciais

Ao anunciar solicitamente o apoio do Governo Português para a nomeação de Guterres para o cargo de alto comissário da ONU para os refugiados, Sócrates conjuga duas intenções de natureza distinta: uma dum plano mais idealista (o apoio e a solidariedade ao ex-líder), outra dum plano pragmático (a machadada final ao anteriormente dado como adquirido pelo partido).
Essas duas intenções ambivalentes resultam do imbróglio que a maioria dos dirigentes do PS, incluindo o próprio Sócrates, criou com a vetusta litania de que Guterres seria o candidato natural e mais adequado à Presidência da República por parte do PS.
Alertado para as dificuldades praticamente insolúveis da imposição popular da candidatura de Guterres, não tanto na área de influência política do PS, mas no espectro partidário mais vasto de esquerda, das quais o próprio Guterres também tem noção, ao adiar quase ad eternum uma pronúncia pessoal a confirmar ou refutar a candidatura, e consciente de que para enfrentar Cavaco o partido terá que apresentar um candidato que acolha opiniões mais favoráveis do eleitores do PCP e do Bloco, pois que estes poderão ser decisivos na refrega presidencial, Sócrates, com a publicitação deste apoio, subtilmente manifestou já a sua pretensão de revogar a preferência inicial.
Com Guterres atirado para fora de jogo ainda no período de aquecimento por falta de atributos eleitorais, quem avançar pelo PS, para além dos votos dos eleitores do PS, terá de ser um candidato que congregue uma forte adesão de todo o espectro partidário de esquerda e que não provoque uma fragmentação excessiva do voto dos eleitores que com a mesma se identificam.
Nesta altura, a única personalidade que pode aspirar a tal chama-se Ferro Rodrigues.

terça-feira, março 22, 2005

Lisboa para os lisboetas?

Mandar os emigrantes e os negros - mesmo os que já têm passaporte português - para a terra deles é quase tão estúpido como dizer que Lisboa deve ser para os lisboetas.
Imaginem a lógica: não é admissível que existam lisboetas desempregados em Lisboa quando há pessoas de outros regiões do país a ocuparem o seu lugar. Vão para a vossa terra e para a vossa cultura, voltem para a terra dos vossos pais, voltem para as Beiras, para o Alentejo, para a Madeira, para o Norte, para o Minho, para Trás-os-Montes, vão e deixem Lisboa para os lisboetas. Rua. Pirem-se da capital.

Amadora

A Amadora passa neste momento por ser o concelho mais perigoso do país onde em cada esquina há um criminoso, normalmente emigrante, negro ou cigano. Estou para saber se as estatísticas confirmam o que os media nos têm dito nos últimos dias.
Era bom, no entanto, que os media e a população portuguesa se preocupassem com outros crimes e criminosos.
Notariam, então, que em sítios resguardados dos meliantes mencionados em cima, onde não há velhinhas assaltadas por esticão, e se vive numa paz de classe média, muitas vezes protegida pela cancela do condomínio fechado, existem cidadãos brancos e portugueses, com frota automóvel vasta, casas na praia e no campo, carteira de acções recheada, quiçá mesmo um helicopterozinho ou um barquito de recreio, que declaram às Finanças o bom do ordenado mínimo. A estes não podemos nós mandá-los para a terra deles.

A emigração outra vez

O cozinhado é conhecido. De forma um pouco simplista sabemos que o desemprego gera criminalidade e que os emigrantes são responsabilizados pelas duas coisas. O arrepiante nisto tudo é que o discurso racista anti-emigrante não vem de cima, da superestrutura política. Em Portugal, mesmo os partidos mais à direita não se aproximam do tipo de discurso que ouço diariamente em Inglaterra. O problema vem de baixo, tem origem na ignorância e começa a ser alimentado, por alguns jornais populares. É fácil culpar o emigrante, produzir generalizações idiotas, tomar o indivíduo pelo grupo, não compreender que os emigrantes, na sua grande parte, são explorados e não exploradores.
Alguém devia procurar explicar aos portugueses que foram e são eles, sobretudo os que estão perto do poder económico, político e cultural, os responsáveis pelo país que temos. Em suma, Portugal não peca por excesso de emigrantes, mas tem com certeza alguns portugueses a mais.

quinta-feira, março 17, 2005

Lubbock

Lubbock é uma cidade do Texas que detém o recorde de igrejas por m2 nos EUA. Para além das igrejas, há também um dos maiores centros comerciais do país e um campo de mini-golfe. Quanto a equipamentos aptos para proporcionarem momentos colectivos, fica-se por aqui.
Foi alvo de destaque do Odisseia pelo apelo que as três instituições mais importantes da comunidade (família, igreja e escola) têm vindo a fazer desde há algum tempo sobre os jovens para a abstinência sexual até ao casamento.
Os pais incitam e confiam na carestia dos rebentos até ao altar, pois só assim os futuros esposos e esposas dos seus filhos lhes agradecerão a dádiva que os castos filhos lhes irão proporcionar na noite do casamento (a assinatura conjunta de pais e filhos de um contrato-promessa, sob patrocínio do senhor padre que atesta esta manifestação de vontade, reforça-lhes a crença).
A igreja doutrina os adolescentes para o valor supremo da abstinência sexual, incorporado e valorizado pelos ensinamentos bíblicos, sob a pena de em cima deles cair uma maldição que os condene para toda a eternidade ao limbo. Para isso oferece-lhes sessões de evangelização tendo em vista a rectidão moral das condutas que estes devem adoptar. O auge atinge-se quando o pregador apresenta aos adolescentes o exemplo da escova de dentes. Tal como a escova de dentes, que não deve ser partilhada porque não se sabe quem a usou, quantas vezes e onde, a experiência sexual deve restringir-se ao cônjuge.
A escola transmite aos jovens o nome das doenças sexuais mais vulgares, dá-lhes a conhecer quais as consequências que para eles advirão se não adoptarem uma conduta abstémia. Quanto à “educação sexual” o limite é este. Os jovens locais mais afoitos chamam-lhe “fear education”.
Os jovens esforçam-se por contrariar os impulsos, arranjam estratagemas para sublimar os apetites, como os concertos de “rock cristão” todas as sextas-feiras no auditório, mas as hormonas ditam leis e os jovens lá acabam por prevaricar...
Com isso dão origem a interessantes fenómenos, não do Entroncamento, mas de Lubbock. Os mais vulgares chamam-se “Virgens Técnicas” e “Virgens Espirituais” (este último é o meu preferido).
A acompanhar estas designações campeãs da originalidade que utilizam para se definir, os adolescentes de Lubbock ocupam também um lugar cimeiro nas estatísticas americanas de dois indicadores: a percentagem de gravidezes juvenis e de doenças sexualmente transmissíveis em menores de idade.
A comunidade de Lubbock não consegue perceber estes indicadores com o afã que põe na pureza e na castidade sexual. Realmente, vá lá imaginar-se como é que as estatísticas revelam aqueles indicadores...

quarta-feira, março 16, 2005

Entre artes

Gosto desta troca de ideias entre poetas e jogadores de futebol. Simão também devia opiniar sobre a poesia de Alegre. Quem sabe se a moda pega e ainda temos o Jorge Costa a escrever prefácios para o Herberto Helder.

segunda-feira, março 14, 2005

CAF

Assistir na “Superior” a um jogo local do Académico de Viseu, ainda hoje, permite uma experiência de regresso ao passado. Revêem-se muitas caras de antanho e reconhecem-se bastantes palavras de ordem de apoio à equipa de um público fiel, cujo perfil social, essencialmente, se enquadra em classes sociais mais desfavorecidas em termos económicos.
Para além dos afectos que os ligam ao clube há décadas, outros motivos conduzem à sua presença quinzenal no Estádio do Fontelo. A possibilidade de accionarem mecanismos de catarse das rotinas de um dia-dia envolvido em tarefas profissionais desgastantes e mal remuneradas e o encontro e convívio com os amigos de longa data, são razões a não menosprezar na “romaria” que empreendem duas vezes por mês ao Estádio.
Ontem, com o cartaz a colocar frente a frente Académico de Viseu e Sanjoanense, lá estavam eles quase todos juntos na mesma bancada. Chegando aos pares, dão facilmente conta dos comparsas no locais que têm para si cativos desde longa data. Depois dos cumprimentos iniciais, a conversa começa por girar em torno das competições futebolistas do principal escalão e à alusão aos deslizes dos “grandes”. Ontem foi dia de um simpatizante benfiquista andar a distribuir bolachas Maria da fábrica Nacional aos parceiros portistas. O mais famoso simpatizante local do FCP, o Barba Ruiva, lá as aceitou, não sem antes indagar junto do adepto benfiquista se o adversário que iria competir com o Benfica na jornada europeia da próxima semana se confirmava ser o Carvalhais.
Iniciado o jogo, logo um dos clássicos adeptos academistas, de pilhinhas ao ouvido, desceu dos degraus de topo da bancada para se situar mais próximo do relvado e assim fazer chegar ao árbitro aquilo que tinha para lhe dizer sempre que a ocasião a tal obrigava. Finda a pronúncia, invariavelmente virava-se para os amigos que haviam ficado no topo da bancada e esboçava um sorriso trocista, tentando medir e avaliar junto deles a qualidade do impropério debitado ao árbitro. A esposa, essa, optou por continuar no cimo da bancada a fazer o seu crochet.
Ao mesmo tempo, outro fervoroso adepto local mantinha a tradição pessoal de bradar um sonoro “Acadéééémico”, qual grito de alerta, no instante imediato ao esférico invadir o meio-campo defensivo da equipa local.
Ao intervalo, o espectador que estava ao meu lado, e que durante a primeira parte até tinha elogiado a isenção da equipa de arbitragem, ouvia os comentários dos jornalistas de uma das rádios locais que cobria o jogo. Dizia o jornalista que o árbitro estava a apitar por tudo e por nada e assim estava a quebrar o ritmo de jogo da partida.
No reinicio da partida, à primeira infracção assinalada pelo árbitro logo o meu vizinho opinava para os demais adeptos que o árbitro estava sempre a apitar por tudo e por nada. À segunda infracção, uma falta à entrada da área da Sanjoanense a beneficiar o infractor, pois tinha inviabilizado que o avançado da equipa local ficasse isolado perante o guarda-redes, de pronto fez ecoar para o árbitro de que teria sido melhor para todos que o juiz de campo tivesse seguido a profissão de maquinista da CP se tanto adorava apitar. Acaso dos acasos, a marcação certeira do livre proporciou o segundo golo da tarde ao Académico, o que levou a que o citado adepto tivesse considerado que a decisão do árbitro talvez não tivesse sido tão infeliz quanto isso...
Até ao fim do jogo, com o jogo claramente dominado pela equipa da casa e com o marcador favorável, os adeptos locais ainda discutiram a pretensão do novo Governo de autorizar a venda de medicamentos não sujeitos a receita médica fora das farmácias, a indigitação de Freitas do Amaral para MNE e as próximas eleições autárquicas...

À esquerda

Tudo leva a querer que, apesar de tal actividade não constar dos seus programas eleitorais, os dois partidos à esquerda do PS vão gastar parte das suas energias a confrontar-se. Os militantes devia queixar-se mas não o vão fazer. E porquê? Porque dizer mal do concorrente próximo é muito mais divertido do que chatear os que estão mais longe. O mercado ideológico de esquerda não é assim tão grande e todos querem ser os seus legítimos representantes. Representar a esquerda, neste caso, implica três exercícios, afirmação de uma identidade, a categorização do outro e a sua subsequente exclusão. Um partido defenderá, contra os que invadiram o seu espaço eleitoral, o seu vasto currículo de lutas. Dirá que o outro é uma manta de retalhos sem unidade ideológica e intervenção prática, que os seus eleitores ou são pequeno burgueses urbanos, intelectuais sem rumo, ou tontos alienados que nas próximas eleições podem votar no PP. Os mais refinados dirão que o outro partido é uma invenção do grande capital ou mesmo da CIA. Do outro lado, afirmar-se-á a novidade. Tentará mostrar-se um currículo limpo de relações históricas muito duvidosas, de símbolos usados e gastos e apelar-se-á a uma pluralização das causas. De seguida classificar-se-ão os eleitores do outro partido como seres sem individualidade, que vêem o mundo por aquilo que o partido decide que o mundo é: a velha teoria da cassete. Os estereótipos, tal como se ouve amiúdes vezes em relação às sondagens, valem o que valem. O problema é que a razão dos partidos acaba para passar para as atitudes dos seus simpatizantes. Da mesma forma que em relação às pessoas que votam à direita se aplicam indiscriminadamente categorias genéricas que correspondem sobretudo a um ideal político e não a uma existência social concreta: fascista, burguês, conservador, etc, (o que não significa, claro, que os fascistas, os burgueses e os conservadores não existam e que seu número não seja relevante), também as categorizações dentro da esquerda acabam por exercer uma violência sobre as pessoas que as sofrem. Não há melhor forma de criar um fascista do que chamá-lo de fascista. Aplicar uma grelha estritamente política ao mundo é abdicar de perceber a razão pela qual as pessoas fazem as escolhas que fazem. Em suma, é abdicar de tentar perceber as pessoas. Isso tem custado e vai continuar a custar muitos votos a uma esquerda que, em parte, deixou de perceber as pessoas. À esquerda do PS os próximos anos vão ser assim, a repetição até à náusea de jargões políticos, a busca da pureza ideológica, da verdade da casta, a privatização do protesto e do direito a reivindicar. Não é muito interessante, mas é o que se pode arranjar. É, apesar de tudo, a esquerda com que contamos.

sexta-feira, março 11, 2005

Relatos de uma noite feliz...

O Sporting Clube de Portugal foi a Inglaterra bater o Middlesbrough por 3-2 para a Taça Uefa. Já está com um pezinho nos quartos de final.

Os Keane de Inglaterra vieram a Portugal dar um concerto num Coliseu esgotado. Simplesmente memorável...

quarta-feira, março 09, 2005

Tráfego

O “das nove às cinco” já era. As horas de ponta nas grandes cidades atingem o seu pico às oito da noite. Londres claro, confirma a regra. Como diria o outro, é fazer as contas e avaliar onde já vai a semana de trabalho.

terça-feira, março 08, 2005

Mourinho

Arsene Wenger, Alex Ferguson and José Mourinho all perish in a plane crash and went to meet their maker.

The supreme deity turned to Wenger and asked, tell what is important about yourself.
Wenger responded that he felt that the earth was the ultimate importance and that protecting
the earth's ecological system was most important. God looked to Wenger and said, " I like
the way you think, come and sit at my left hand".

God then asked Ferguson what he revered most. Ferguson responded that he felt people and
their personal choices were most important. God responded, "I like the way you think, come
and sit at my right hand".

God then turned to Mourinho, who was staring at him indignantly. God asked "What is your
problem Mourinho?"
Mourinho responded " I think you are sitting in my chair".

Birra...

Em democracia tem de se saber ganhar e de se saber perder. Lá pelos lados do Largo do Caldas perdeu-se a noção do ridículo. As consequências já se fazem sentir. Bastantes militantes do CDS-PP de Coimbra estão a desfiliar-se, como protesto pela imbecil decisão de retirar o retrato de Freitas do Amaral da sede do partido e enviá-lo (quiçá por correio azul, tal é a pressa) para o Largo do Rato.

A História não se apaga, seus meninos birrentos...

segunda-feira, março 07, 2005

Smart

Agora que começa a cair a máscara de respeitáveis guardiões dos valores aos meninos de bem do PP e se vislumbra por trás dela apenas a cara de uns pueris caceteiros, quer-me parecer, a continuarem assim, que futuramente até um táxi será grande demais para albergar os deputados do PP. Bastará um Mini Smart.

sexta-feira, março 04, 2005

Libertem o futebol pelo lados da Luz!

Alguém devia explicar ao senhor Trapattoni que há diferenças significativas entre o jogo de futebol e a contabilidade de uma empresa. Um jogo do Benfica, com algumas excepções de permeio, parece o trabalho de um ministro das finanças a controlar o défice. As segundas partes então assemelham-se a um ministério desorçamentado desesperado para que o próximo ano chegue rapidamente, poupar, poupar, poupar. Libertem os jogadores do Benfica, deixem-nos correr e marcar golos.

quarta-feira, março 02, 2005

Não há hóstias nem tinto para ninguém

Um padre católico português anunciou hoje a sua recusa em dar a comunhão aos católicos que usam métodos contraceptivos, que recorrem à reprodução assistida ou que aceitam a actual lei em vigor sobre o aborto.

O padre Nuno Serras Pereira invoca o cânone 915 do Código de Direito Canónico para, "na impossibilidade de contactar pessoalmente as pessoas envolvidas", lhes dar conhecimento público de que "está impedido de dar a sagrada comunhão eucarística a todos aqueles católicos que manifestamente têm perseverado em advogar, contribuir para, ou promover a morte de seres humanos inocentes".

Votar ou participar em campanhas a favor da legalização do aborto, aceitar ou concordar com a actual lei em vigor e defender a eutanásia também são motivos que impedem o padre de dar a comunhão.