domingo, julho 03, 2005
Os liberais
O Congresso dos EUA demonstrou o seu desagrado pela tentativa de compra, por parte de uma empresa estatal chinesa, da empresa petrolífera americana Unical. Consideraram os congressitas que a proposta do oriente constituía um perigo para a soberania dos EUA. Um olhar mais cuidado sobre a economia americana é suficiente para perceber que este caso não é único. Um sem número de medidas proteccionistas favorece as empresas americanas e o agente destas políticas é o Estado americano. Apesar da propaganda liberal, os EUA crescem à custa da intervenção estatal. É seguro apregoar o liberalismo quando as vantagens nas trocas estão protegidas. É por isso que o governo brasileiro pede a liberalização das trocas de produtos agrícolas. A intervenção do Estado americano está longe de ser apenas económica. Repare-se nos processos políticos recentes em algumas repúblicas da antiga URSS, repare-se, mais nitidamente, nos processos militares no Médio Oriente. É o Estado que abre o caminho aos desejos insaciáveis da economia. Liberal, mas não tanto.