segunda-feira, março 15, 2004

O que eu temia

O que eu temia, quando vi as torres em Nova Iorque a cair, está a acontecer. Preparem-se que vem ai qualquer coisa estilo conflito Israel – Palestina à escala global.
Não existe forma de acabar com um movimento terrorista, a não ser, talvez, eliminando as raízes desse mesmo movimento (e aqui por raízes entende-se o apoio da população e etc. e tal). Nem é preciso pensar muito para ver que isto é verdade. ETA, IRA, Sendero Luminoso, entre outros, existem para o provar. Mas como parece-me que essa opção ainda não foi equacionada de uma forma séria convêm ir se convencendo que o terrorismo de inspiração muçulmana vai se agudizar.
Como também é obvio que não podemos crer que os EUA invadiram o Iraque e o Afeganistão pura e simplesmente por um sentido missionário de converter os infiéis às belezas e virtudes do “Mundo Livre”. Qualquer guerra é um negócio, e os americanos nunca entraram em nenhuma para perder dinheiro. A invasão do Afeganistão e do Iraque tem objectivos óbvios (e até certo ponto legítimos) de manter o Status Quo internacional por parte dos EUA.
Relativamente aos movimentos radicais islâmicos. Recordando as saudosas aulas do Moisés Espírito Santo, sabemos que infelizmente existe uma ruptura civilizacional entre o Islão e a modernidade (tal como a vemos no “Mundo Livre”) que não é fácil de ser superada. Portanto, por aqui, a coisa não vai ser fácil. Os Islão continuará a ser uma civilização de guerreiros que espalham a palavra do Profeta.
Solução?
Podemos criar um muro que separe o “Mundo Livre” do Mundo Muçulmano. Ou seja, a aplicação, em larga escala, da ideia dos Israelitas. Mas como temos interesse no petróleo do médio oriente, podemos sempre manter forças de ocupação (muito bem defendidas) somente nas áreas estratégicas (poços de petróleo e oleodutos). Ou seja, uma ocupação verdadeiramente colonialista, sem “rodriguinhos” nem “paninhos quentes”.
Vantagem: Ao menos não estamos a ser hipócritas.
Mas não me parece que isto vá resolver de todo o problema.
Uma vantagem da situação actual pode ser a ocorrência de verdadeiros investimentos na produção de energias alternativas (por parte do “Mundo Livre”), de forma a diminuir a dependência do petróleo. Estaríamos perante uma vitória do Movimento Ecologista…
Também poderíamos pensar numa nova ordem mundial e mudar isto tudo completamente. Mas só de pensar na trabalheira e no que isso poderia implicar a nível de perda de conforto por parte do “Mundo Livre”… Mais vale ir brincando ao gato e ao rato com os Kamikazes Islâmicos.
E, já agora: “Mundo Livre” do que ?