Foi deste modo que Argel, o defesa do Benfica, justificou o seu comportamento nos momentos seguintes ao golo que marcou frente ao Penafiel, quando correu para Trapattoni e o beijou na testa.
“Desde que vi aquele videoclip dos Sigur Rós, “Vidrar Vel Til Loftârâsâ”, onde um jovem futebolista, depois marcar um golo, corre para os braços de um colega e lhe aplica uns apaixonados ósculos, tive sempre o desejo de poder repetir semelhante façanha, ainda para mais quando sabia que estavam 10.000 Pais Natais no Estádio. Parecia mesmo que estava a jogar no Pólo Norte”, disse Argel aos jornalistas presentes na conferência.
Mas Argel foi ainda mais longe, ao admitir que a sonoridade telúrica da banda islandesa tem provocado efeitos surpreendentes na mudança da sua personalidade.
“Antes de conhecer os Sigur Rós era uma pessoa com uma certa inclinação violenta. Rebentava com computadores na Torre das Antas, rebentava com as beiças dos seguranças do Colombo por causa de umas fraldas, enfim, reconheço que era um cara pouco recomendável. Agora, depois do contacto com os videoclips dos Sigur Rós, sou um homem novo, cheio de amor para distribuir por todo o mundo. Da próxima vez que marcar um golo, e que não seja na própria baliza, já prometi ao nosso presidente que irei até aos camarotes para lhe beijar as orelhas”, acrescentou o defesa brasileiro do Benfica.
Dada a explicação, Argel despediu-se dos jornalistas, rematando em alto e bom som, “Viva os Sigur Rós!”.