quinta-feira, dezembro 02, 2004

PPM

Ontem à tarde, ao lado da habitual e risível manifestação dos membros do Grupo de Amigos de Olivença, estultos membros do Partido Nacional Renovador (PNR) e do Partido Popular Monárquico (PPM) indignavam-se perante a decisão do Presidente da República, os primeiros porque não vêem salvação possível em qualquer partido, excepto aquele que representam, obviamente, e os segundos porque 4 meses são insuficientes para fazer qualquer coisa (pelo contrário, são mais do suficientes para fazer muita coisa, quase sempre mal, como se viu...) acrescentando, ainda, que "estão abertos a coligações com o PSD."
- Ó meus amigos monárquicos, pela graça de Deus, atentai no que dizeis. Vós sois monárquicos, mui valorosos homens e mulheres que foram agraciados pelo Divino como portadores da Virtude e defensores inquebrantáveis da Pátria Lusitana. A vossa doutrina professa uma forma de governo em que o poder supremo é exercido por um monarca, representante terrestre do Divino; Como vindes agora apregoar o desejo de estardes à frente dos destinos de uma Nação Republicana, coligados com um Partido Republicano?!
Que grande confusão embacia as cabeças superiores destes monárquicos...

2 comentários:

Joao Serpa disse...

Gostaria apenas de lembrar que o PPM fez parte da AD. Saliento que nenhum monárquico que conheça defende o Absolutismo, sendo portanto risível a afirmação "representante do divino". É possível haver democracia e monarquia, como atestam a Suécia, Inglaterra, Holanda, Bélgica, etc.

Holsson disse...

Se se é monárquico e se é coerente tem que se preconizar que o poder supremo esteja na posse do monarca. Coexistem a democracia e a monarquia em alguns países, mas em nenhum deles os monarcas desempenham a função executiva em coligação com os republicanos.