Companheira de Tricky desde "Maxinquaye", era ela que se encarregava de suavizar as sonoridades mais cruas do artista britânico. Nesta missão de polimento musical se manteve durante vários anos, até que, em 2003, Martina Topley-Bird publicou o seu primeiro álbum a solo, "Quixotic" de seu nome.
Só agora, por cortesia do camarada João Santos, ouvi o álbum, e o resultado final é francamente de enaltecer. Por entre uma míriade de estilos - do metal à eletrónica, dos blues ao jazz, da soul ao rock- o único elemento transversal de todo o albúm, realmente, é a versátil mas sempre inconfundível presença vocal de Martina.
Ainda que o albúm possa "pecar" um pouco em termos de coesão devido à incursão por estilos tão ecléticos, essa circunstância não deixa de ser um defeito menor quando nos confrontamos perante a qualidade global das canções.
Com Beth Gibbons e Martina Topley-Bird o universo musical de Bristol continua a dizer presente.