O Movimento de Restauração do Concelho de Canas de Senhorim continua a sua saga cómica em prol da elevação daquela lauta terra à figura jurídica de Concelho.
Chefiado por um “artista” aspirante a Presidente de Câmara, de seu nome Luís Pinheiro, o Movimento cortou hoje a linha de caminho de ferro local, tendo por isso enfrentado a GNR. O saldo da refrega consistiu nalgumas baixas hospitalares por parte da população de Canas. Nada de surpreendente, portanto.
O que surpreende, isso sim, é como é que a população de Canas continua convencida da razão da sua reivindicação. Nem sequer vale a pena trazer à colação a dimensão da localidade e a sua exiguidade demográfica. Mais importante do que deixar-se enlevar pelo canto de uma sereia chamada Luís Pinheiro, seria a população de Canas reflectir sobre os factos concretos, nomeadamente aqueles que dizem respeito à circunstância fatal das freguesias que o Movimento propõe que constem do futuro concelho de Canas rejeitarem liminarmente essa pretensão, assentindo antes permanecer no concelho de Nelas, tal como actualmente acontece.
Não é à toa que as restantes localidades não pretendem unir-se ao Concelho de Canas. Culturalmente, as populações sempre se identificaram com a freguesia a que pertencem, não com os concelhos, uma criação político-administrativa muito mais recente, ao contrário das freguesias cujas delimitações espaciais datam do período romano.
Para as populações é-lhes igual ao litro que Canas queira ser Concelho ou não. O que elas pretendem é continuar a pertencer à mesma freguesia de sempre. E uma vez que têm que estar agregadas a um concelho, entre aderir aos novos-cristãos de Canas ou ficarem-se pelo conhecido, optam por Nelas.
Só em Canas de Senhorim, e um tal de Luís Pinheiro, é que não vêem isto, e lá continuam em reivindicações tontas...
1 comentário:
Nao ha pachorra para Canas de Senhorim, nao se pode entrega-la aos Espanhois.
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