quinta-feira, fevereiro 02, 2006

Direito Criativo

Pode discutir-se o sentido do casamento. Mas isso, por enquanto, é discussão de café. Dito isto, não vejo por que raio o Estado, ou a Santa Madre Igreja, tem que meter o bedelho nas opções privadas das pessoas, dando direitos a uns e tirando direitos a outros. Vai ser muito interessante ver os constitucionalistas cujas opções ideológicas e religiosas são contra uniões entre pessoas do mesmo sexo a tentarem reinterpretar originalmente pressupostos constitucionais que não oferecem muitas dúvidas a um leigo. Já conhecíamos o interessante fenómeno da contabilidade criativa, mas sem dúvida que há poucas áreas como o direito, em que a criatividade atinge níveis tão altos.