quarta-feira, fevereiro 08, 2006

Tolerância

Obviamente que não é o sentido de humor que esta em questão, é a tolerância. A tolerância que permitiu que o António do preservativo do Papa não fosse perseguido, nem decapitado, a tolerância que permitiu que o programa do Herman continua-se a ser transmitido. A chave é a tolerância.
É obvio que nem sempre o fomos, nós, o “Ocidente”, mas tivemos a capacidade de mudar, de separar o estado da religião, e isso, curiosamente aconteceu por alguma razão (Nota: investigar se o factor religioso, ou melhor, se o cristianismo teve alguma coisa a ver com o assunto). Não aconteceu no Oriente, não aconteceu em Africa, não aconteceu nos países Islâmicos. Essa é a nossa vantagem, não quer dizer que sejamos perfeitos, nem de longe o somos, nós, o “Ocidente”. Mas julgo ser consensual que nenhum dos que aqui tem “postado” gostaria de viver num pais muçulmano, e não é tanto pela questão económica é pelo facto de não querermos abdicar da nossa liberdade (por mais manipulada e ilusória que ela seja, não deixa de ser “mais” liberdade do que a que existe nas sociedades maioritariamente islâmicas…) E eu sei que nem sempre foi assim, existe uma dinâmica civilizacional, durante vários séculos o mundo islâmico foi o expoente máximo da civilização (entende-se como os dinamizadores do conhecimento e do “progresso”) mas depois deixaram de o ser.
O Islão tem, de facto, um problema religioso para resolver. E não são só os radicais islâmicos que são um problema, são todas as sociedades que seguem uma matriz religiosa islâmica e que não conseguem superar a dicotomia Estado / Religião, Liberdade Individual / Ditames Religiosos.
Mas, às tantas, a moirama é que tem razão (tal como os grupos de fundamentalistas religiosos cristãos). Qual secularização, qual ciência, o ser humano não precisa dessas coisas para viver em paz consigo próprio. Precisa é de Deus, de ter a consciência tranquila, de viver segundo os mandamentos divinos. E como tal, acho que nos devemos converter e deixar esta vida de pecado e estas discussões que não levam a lado nenhum. Quem não o fizer merece ser apedrejado.