Sobre África. Não vou repetir os argumentos que utilizei porque continuo a acreditar neles. Seja como for, é de assinalar que do lado dos pretensos defensores das liberdades e democracias continue a surgir argumentos democráticos como "Tudo o resto, é defender o indefensável". A prova de que as sociedades ocidentais ainda não se livraram de todos as expressões autoritárias. Neste "tudo o resto" incluem-se parte importante de estudos e trabalhos feitos por pessoas que em vez de papaguearem cartilhas ideológicas, estudaram, foram para o terreno, para os arquivos e procuraram, o que não os torna imunes à crítica, chegar a algumas conclusões. Quem é que informa melhor?
Sobre o comunicado do PCP, partido do qual não sou emissário, acho-o, no essencial do seu conteúdo, bastante razoável e certeiro. Demonstrando, aliás, um elementar bom senso que escapou a muito outros. Diga-se que, no meio disto tudo, pesando as circunstâncias, o ministro dos Negócios Estrangeiros foi também bastante razoável, embora a forma como o fez seja algo discutível.