Os R.E.M. tocaram em Lisboa, no Pavilhão Atlântico, na noite de 7 de Janeiro. Uma noite fria num reencontro quente com os fãs. De todas as idades. Vi desde crianças de 9 ou 10 anos até homens e mulheres na casa dos quarenta ou cinquenta anos. Os pais levaram os filhos. É lógico. Porque os R.E.M. são daquelas bandas universais e transversais. Agradam a quase toda a gente. Até os que não gostam dizem sempre que há um ou dois temas do seu vasto catálogo que lhes agradam.
O concerto foi bom, muito bom mesmo. Muito melhor do que o de há cinco anos e meio atrás. Mike Mills, Peter Buck e Michael Stipe (um verdadeiro animal de palco) continuam em grande forma e a mostrar o porquê da sua longevidade no sucesso. São como o vinho do Porto. E continuam fortemente empenhados em lutar por um mundo melhor, apesar dos esforços da administração Bush em sentido contrário.
No que à música diz respeito, há dez anos atrás, eu consumia avidamente tudo o que estes simpáticos rapazes de Athens, no estado da Geórgia, produziam. Hoje, mercê da passagem inexorável do tempo, sou um ouvinte mais maduro mas sempre atento. Mas a qualidade continua lá e não engana. Não sou crítico de música nem nunca tive ambição a tal. Sei apenas aquilo que gosto. E eu gostei muito.