É comum os monárquicos invocarem, com jactância, a precoce e exclusiva preparação dos monarcas para o desempenho do seu cargo, como a característica distintiva que os separa do comum dos restantes mortais. Desde pequeninos lhes é torcido o pepino, desde tenra idade são embebidos numa esmerada e polida educação, desde pequeninos são socializados tendo em vista o superior exercício das suas funções.
Tal argumento, quando historicamente verificado, revela-se francamente falacioso. Figuras reais, como o imberbe e tolinho D. Sebastião, o medroso e fugitivo D. João VI, o esbanjador D. João V, ou o aspirante a absolutista D. Miguel, só para dar alguns exemplos, deixaram muito a desejar no capítulo da preparação superior para o exercício das funções governativas que exerceram ou a que aspiraram..
Mas as falhas na preparação não são um exclusivo da realeza portuguesa. Famílias reais europeias mais famosas e mediáticas possuem entre os seus membros indivíduos ainda mais acéfalos. O melhor exemplo vem da família real inglesa, mais concretamente do Príncipe Harry.
O Princípe Harry, depois ter sido submetido durante uma vintena de anos a uma sublime preparação tendo em vista o desempenho potencial de monarca da Coroa Britânica, conseguiu cometer o feito, que apenas está ao alcance dos eleitos pelo divino, de acorrer a uma festa envergando um uniforme nazi e uma braçadeira com a respectiva cruz suástica...
Depois da droga, do álcool, o príncipe remata em grande, insultando de forma execrável, e sem perdão, milhões de súbditos que sofreram as agruras daqueles que envergaram a indumentária que o rapaz pelos vistos tanto aprecia. Imagine-se o que poderia fazer o rapaz se não tivesse sido bafejado por uma educação superior, apenas possível a um grande dignitário da Coroa.