O PSD pensou em colocar como número dois da sua lista do Porto o advogado Pôncio Monteiro. O país conheceu esta personagem num programa de televisão sobre futebol. Neste programa, o amigo Pôncio defendia as suas causas através de argumentos impensáveis, que por serem tão idiotas proporcionavam ao telespectador incrédulo um riso desbragado. Estas características especiais, e o facto do senhor ser adepto do FC Porto, clube com o qual o PSD não está de boas relações, são suficientes para o partido considerar Pôncio Monteiro um homem ideal para servir os cidadãos portugueses e o país. O PSD, depois de muitas congeminações, considerou também que a escritora Margarida Rebelo Pinto daria uma boa deputada. Porventura seria tão boa como o Saramago ou o Lobo Antunes ou aqueles deputados dos grandes partidos que nunca põem os pés na Assembleia. Sabemos, porém, qual a razão que levou Santana a pensar nela. A Margarida rejeitou. Mas Santana que não fique triste, porque a cultura popular portuguesa made in TVI criou dezenas de possíveis parlamentares. Talvez o burro Pavarotti possa ele mesmo liderar uma lista qualquer ou aparecer numa fotografia ao lado do Cavaco.