Estou em crer que quando um jogador marca um golo como o que Paíto marcou ontem no derby da Luz o jogo devia acabar de seguida. O mesmo deveria ter sucedido quando Rui Costa colocou Portugal a vencer a Inglaterra no último Europeu. Acabava. Não havia muito mais a dizer. Ontem na Luz confirmou-se mais uma vez que o futebol é um jogo injusto. E às vezes, como ontem, ainda bem que é assim. Os golos do Benfica surgiram quase todos de lances fortuitos, não há uma ideia, uma jogada combinada, uma estrutura de jogo, nada. Defender, e mal, e pontapé para a frente, são os dois mandamentos de Trapattoni. Salvou-se a narrativa emocional do jogo e o seu final exemplar. Menos mau.